Não faltam medidas desse governo golpista que, mais cedo ou mais tarde, irão fazer as pessoas caírem na real. Uma das maldades é a que trata da Previdência Social. Ela visa dificultar o acesso à assistência social e estabelece critérios para diminuir o valor do benefício. A rede de assistência social é vital para a sobrevivência de milhões de idosos e deficientes pobres, conquista grandiosa da sociedade brasileira. Está presente hoje em quase 99% dos municípios brasileiros, é uma conquista decorrente de um século de lutas. Segundo informações do Dieese, Cerca de 4,5 milhões de pessoas, em função dos Benefícios de Prestação Continuada (BPC) recebem um salário mínimo por mês, o que lhes garante a sobrevivência e dignidade. Os Benefícios são estratégicos, inclusive, para o Brasil ter saído do Mapa da Fome em 2014. Sem o qual, 70% dos idosos estariam em condições de extrema pobreza no Brasil. Se hoje não se observa idosos pedindo esmolas nas ruas, em boa parte é graças ao sistema de assistência social.
Para esse governo o desequilíbrio fiscal é decorrente dos gastos sociais, de saúde, educação, funcionalismo. Por isso, diz o governo, estes gastos que são realizados para atender ao povo precisam ser contidos. A Emenda da Morte, 95 (PEC 55), que já está em vigor, restringe o acesso da população pobre aos serviços públicos de educação, saúde, saneamento básico e, inclusive, bens como alimentação, ao congelar por 20 anos os investimentos nessas áreas. A Reforma da previdência, implicará no mesmo resultado.
Esse governo com sua base aliada pretende destruir a Seguridade Social no Brasil por considerarem os idosos e deficientes pobres um estorvo à eficiência dos mercados, e não dizem uma linha sobre pagamento de juros da dívida pública. Por saber das mentiras que conta sobre o “déficit” da Previdência, esse governo entrega aos rentistas (cerca de 10 mil famílias) algo em torno de 8% do PIB. Retira das receitas da Seguridade Social pela DRU 30% de sua arrecadação.
Esses defensores da destruição da Seguridade Social, não mencionam a política de desoneração da folha de pagamento das empresas. Também não falam sobre a sonegação das empresas. A proposta de reforma da previdência ataca direitos dos mais pobres, idosos, crianças, trabalhadores rurais, deficientes. Não se iludam. Não há nenhuma nobreza nisso, ou interesse de preservar a Seguridade Social, como alegam. Há apenas a determinação de garantir a defesa dos interesses dos ricos, destruindo direitos e liquidando o pouco que temos de Estado do bem-estar social no Brasil. E mais, é possível prever que um dos objetivos ocultos da Reforma da Previdência, é o de abrir mercados para os planos privados de previdência (como estão fazendo com a Saúde), beneficiando uma elite financeira egoísta, que não tem compromisso nenhum com o País.
A Reforma da Previdência é um desafio gigantesco para os trabalhadores. Se passar, será mais uma derrota histórica (como a desmontagem da Petrobrás, a PEC 95, e outras). Mas não por falta de luta. O que não faltaram foram ações por todo o Brasil: atos, greves, passeatas, manifestações, audiências públicas, abaixo-assinados, mensagens diretas aos parlamentares para mostrar a eles – deputados e senadores- o desejo do povo. Uma das maiores greves do Brasil, em 28 de abril conseguiu segurar a reforma da previdência. Infelizmente aqueles que deveriam ser nossos representantes não nos representam. A serviço de uma minoria, o governo golpista de Michel Temer e seus aliados pretendem aprovar a reforma da previdência ainda em 2017. Precisamos estar mobilizados e dispostos a lutar em defesa da nossa aposentadoria. A resposta da CUT é bem clara: “Se botar pra votar, o Brasil vai parar! ”
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