Carta para você que trabalha na educação privada

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A data de 11/11/2017 marca o início de uma nova relação de trabalho no Brasil. Os trabalhadores são “empoderados” em seus sindicatos. Podem negociar com seus empregadores não só melhorias, mas também, e até redução de direitos anteriormente conquistados ou existentes em Lei. Precisamos nos perguntar sobre a força que nós trabalhadores teremos nas futuras negociações. Se até hoje havia um certo conforto porque não se podia negociar nada que retirasse direitos garantidos em Lei, esta não é a realidade a partir do dia 11. Nós poderemos estar com a “faca no pescoço” ou com “a faca e o queijo na mão” diante da pressão patronal para assinar uma negociação salarial. Depende de nossa organização e mobilização. Ceder não podemos, é preciso resistir. Qual a dificuldade que encontraremos agora se não fecharmos a negociação? Perderemos tudo o que já tínhamos conquistado até agora. Toda a nossa Convenção Coletiva de Trabalho deixa de existir. Não temos mais a garantia da continuidade dos direitos enquanto não fecharmos uma nova convenção coletiva. Buscar intervenção da justiça na negociação (dissídio) não conseguiremos sem a aceitação patronal. Um novo sindicalismo precisamos construir. Cada trabalhador precisa, se quiser manter seus direitos, fazer parte do sindicato, da luta. Não só contribuindo para a manutenção das lutas, precisa se deixar envolver e participar das discussões, dos movimentos de resistência. A reforma trabalhista veio para fragilizar o trabalhador e quebrar as pernas da instituição que o representa. A hora de lutar é agora, não podemos esperar perder todas as nossas energias e garantias. Um sindicato forte deve ser construído com a participação de cada um. Coletivamente poderemos fazer frente às ameaças que forem sendo colocadas, sozinhos seremos destruídos. Não existe mais essa de direito adquirido. Acabou. Não podemos ficar parados. Se não construirmos um projeto nosso, estaremos no projeto dos outros. O Sinpronorte é você com os demais trabalhadores das escolas se organizando e construindo melhores condições de vida e trabalho para todos. O sindicato é a ferramenta na mão dos trabalhadores para impedir mais retrocesso. Cabe a cada trabalhador fortalecer sua organização sindical para não se encontrar refém, sozinho e sem condições de reagir. Associe-se ao Sindicato. Participe das assembleias. Não é hora para temer.

“Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”

 

A direção,

SINPRONORTE

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