Assim como em outros anos, a resposta dos patrões para as reivindicações dos trabalhadores não atende nem o mínimo. Na primeira rodada de negociação da campanha salarial, o sindicato patronal apresentou contraproposta para duas das três reivindicações: reajuste salarial e reajuste dos pisos. O vale-alimentação nem chegou a ser debatido neste primeiro encontro, realizado na última terça-feira (15 de março). O Sinpronorte foi contrário às propostas apresentadas e não aceitou o fechamento da negociação. Um próximo encontro está marcado para 5 de abril.
O Sinpronorte reivindica reajuste salarial de 14,08% (inflação acrescida de ganho real); reajuste de 15% nos pisos salariais; e fornecimento de vale-alimentação para todos os trabalhadores em educação.
A contraproposta apresentada pelos empresários ficou da seguinte forma:
- Reajuste salarial diferenciado entre educação básica e ensino superior.
– Ensino básico: reajuste de 11,08% em março
– Ensino Superior: reajuste de 11,08% – metade em março, metade em setembro
- Reajuste de 12% nos pisos.
- Vale-alimentação ficou sem resposta.
O Sinpronorte lembra que todo parcelamento de reajuste gera perdas. A inflação de 11,08% foi em 1º de março de 2016. Ou seja, em 1º de março os trabalhadores já tinham perdido 11,08% do poder de compra. Adiar o reajuste só aumenta essa perda. Em outras palavras, parcelar a inflação significa dar menos que a inflação de reajuste.
Os pisos salariais em Santa Catarina são uma vergonha. A proposta de reajuste de apenas 12% só reforça isso. Como exemplo, o piso da educação infantil é um dos piores do país. Enquanto isso, o PIB do Estado aparece entre os primeiros. O atual piso da educação infantil é de R$ 6,57. Se fosse reajustado em 12%, chegaria a R$ 7,16. Nos estados vizinhos, Rio Grande do Sul e Paraná, os pisos para educação infantil são R$ 13,47 e R$ 11,35, respectivamente.
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