Era agosto de 1983, o país estava nas mãos dos militares sob uma ditadura cruel que torturava e matava os que se opunham as opiniões do Estado. O Brasil estava mergulhado numa forte crise, com inflação de até 150%, a dívida externa chegava a 100 bilhões de dólares, o desemprego só crescia e o salário ficava achatado.
Não existia democracia, mas tinha muita resistência dos trabalhadores do campo e da cidade. Uma grande greve geral estourou em julho de 1983 e o documento construído em 1982, que reunia medidas dos trabalhadores para enfrentamento deste cenário, não foi colocado em prática por setores conservadores do movimento sindical.
Os trabalhadores se organizaram e fizeram o documento “Aos companheiros da cidade e do campo”, conclamando para a luta contra as políticas de governo. A partir de então, a criação de uma central única, que reunisse todos os trabalhadores, se tornou necessária e urgente e nos dias 26 a 28 de agosto, no Pavilhão Vera Cruz, em São Bernardo do Campo, com 5.059 trabalhadores, representados por 912 entidades, fundaram a Central Única dos Trabalhadores!
Passados 32 anos de sua fundação, a história de luta e resistência permanece. Em pleno ano de 2015, os movimentos estão indo cotidianamente às ruas para garantir a soberania do país e a democracia brasileira.
Correntes conservadoras tentam criminalizar o movimento sindical, em especial o movimento CUTista, mas em cada tentativa de criminalização, os movimentos organizados pela central, junto com outros movimentos sociais, ganha força e mostra nas ruas que a classe trabalhadora está organizada, que nenhum direito será retirado e que juntos somos fortes e vamos defender o nosso país e o nosso projeto político de distribuição de renda e vida digna para todos e todas!
Viva à classe trabalhadora!
Viva à central Única dos Trabalhadores!
(Dados históricos retirados do site do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC)
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