SESI volta a dificultar fechamento de negociação

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A negociação para fechamento de acordo coletivo com o SESI se aproximava do fim, mas esbarra em questões básicas. Para o Sinpronorte, a isonomia salarial nos pisos e o recesso escolar são pontos essenciais para o fechamento da negociação. O SESI não demonstra ter o mesmo entendimento.

Pisos salariais:

A isonomia salarial é uma bandeira que o Sinpronorte defende em todas as negociações. O caso do SESI não é diferente. A formação exigida para os cargos de professor de Educação Inclusiva, Educação de Jovens e Adultos e Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) é a mesma, mas o SESI propõe pisos diferentes. Enquanto os professores de ensino fundamental partiriam de R$ 18,67 por hora-aula, os demais teriam piso de R$ 16,52 por hora-aula.

Diante da resistência do SESI em avançar imediatamente nessa reivindicação, a direção do sindicato sugeriu que o acordo previsse um prazo para essa equiparação – diminuição gradual da diferença entre os pisos. O SESI rejeitou a proposta do Sinpronorte que sugeria prazo de três anos para equiparação. A cláusula dos pisos salariais é decisiva para o fechamento da negociação.

Férias escolares e banco de horas:

Em reunião com o representante da escola nas negociações, havia avançado a discussão sobre o recesso escolar (férias escolares), mas que não teve aprovação pela direção do SESI. O objetivo do Sinpronorte é que seja seguida a lei, preservando o direito da folga aos professores durante o recesso escolar. A proposta do sindicato era que o professor acumulasse créditos no banco de horas ao se colocar à disposição da escola durante as férias escolares. A proposta foi recusada pela direção do SESI.

O Sinpronorte alerta que o trabalho durante o recesso escolar está em desacordo com a legislação trabalhista.

Outro ponto que parecia avançar diz respeito à autonomia do professor para escolher o momento da utilização dos créditos do banco de horas. O Sinpronorte pede que seja dada liberdade ao professor para escolher o período da folga mediante comunicação antecipada. O SESI devolveu a proposta condicionando à autorização do superior imediato. Ou seja, o SESI quer decidir totalmente a vida do trabalhador: decide quando precisa trabalhar a mais e decide quando precisa folgar.

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