NEGOCIAÇÃO SALARIAL SINEPE: 4ª RODADA

O patronato mostra-se inflexível aos trabalhadores em educação

No último dia 15/03, ocorreu a quarta rodada de negociação com o SINEPE, buscando fechar a Convenção Coletiva de Trabalho – CCT para professores e administrativos.

Da mesma forma que na 3ª rodada, os dirigentes do sindicato patronal continuam afirmando que não é possível atender nossas reivindicações: reajuste salarial de acordo com o INPC (acumulado 12 meses: mar/2021 a fev/22, em 10,7971 %, segundo o IBGE) mais um ganho real.

O reajuste integral do INPC já é esperado pela categoria, uma vez que os reajustes dos últimos anos foram abaixo da inflação. O patronato não considera nem reconhece todo o esforço feito pelos trabalhadores durante a pandemia, adequando seus ambientes familiares para trabalhar home-office, nem os gastos com insumos como energia, internet, instrumentos eletrônicos, entre outros.

Até o momento o SINEPE não admite discutir as pendências da Convenção de 2021, especialmente a Cláusula 4ª que autoriza duas situações excepcionais: 1) as escolas em dificuldades financeiras, preencherem um Requerimento para não pagar o INPC integral, sem comprovação alguma; 2) as instituições de Ensino Superior, como destacado no §7º, devem negociar o percentual que ficou pendente.

As chamadas “cláusulas sociais” continuarão a valer, com a ressalva de que precisam rediscutir alguns direitos que pesam negativamente na balança patronal: os triênios e as bolsas de estudo. Esses dois direitos traduzem de forma contundente, o compromisso profissional dos trabalhadores com a qualidade dos serviços oferecidos, seja pelos professores ou pelos administrativos, para que a escola tenha sucesso na sua atividade fim.

Reforçamos que nós, trabalhadores da educação, fomos protagonistas na superação dos desafios colocados pela pandemia. Evitamos o fechamento de escolas, mantivemos com êxito a continuidade do ensino. Não é com a retirada de direitos e o congelamento de salários que se tem uma educação de qualidade. É preciso sim, manter as condições para vida digna, com bons salários e ambientes de trabalhos adequados ao desenvolvimento de nossas funções.

Nossa categoria merece o respeito do patronato, com ambientes de trabalhos adequados e melhores salários para uma vida mais digna.

 

A DIREÇÃO.

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