Professores são os mais penalizados com reforma da previdência

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Entre todas mudanças sugeridas na proposta de reforma da previdência, o fim da aposentadoria especial para professores é a mais significativa. Atualmente, a constituição garante aos professores de educação básica aposentadoria aos 25 (mulheres) ou 30 anos (homens) de contribuição. Caso a reforma seja aprovada, os professores se enquadrariam nas regras comuns a todos os trabalhadores. Ou seja, 49 anos de contribuição para alcançar o benefício integral. Isso representa, proporcionalmente, um acréscimo muito maior do que para o restante da classe trabalhadora. Para as professoras, o tempo é praticamente o dobro.

Apenas quem tiver idade igual ou superior a 50 anos (homens) ou 45 (mulheres) entraria em uma regra de transição. Veja mais detalhes abaixo.

Veja simulações do tempo de contribuição de professores para aposentadoria integral no modelo atual e na proposta da reforma.

Veja outras simulações.

 

Regra de transição:

Quem tiver idade igual ou superior a 50 anos (homens) ou 45 anos (mulheres) poderá se aposentar pelas regras atuais desde que trabalhe e contribua por um período adicional de 50% do tempo que faltava, na data de promulgação da Emenda, para se aposentar. Por exemplo, se faltarem 10 anos, seriam necessários 15 anos de contribuição.

O que é a reforma da previdência

A Reforma da Previdência tramita no congresso por meio da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que modifica oito artigos da Carta Magna. Se for aprovada, os brasileiros passarão a ter que trabalhar por 49 anos para terem direito à aposentadoria integral. Além disso, ninguém mais poderá se aposentar antes dos 65 anos. Homens e mulheres passam a ter a idade mínima igualada e o tempo mínimo de contribuição passa dos atuais 15 para 25 anos.

Veja mais: Reforma da Previdência vem para dificultar aposentadorias

A reforma da previdência, PEC 55, reforma trabalhista, reforma do ensino médio e outras medidas de ajuste fiscal fazem parte do pacote de austeridade do governo. Significa o Estado (executivo, legislativo e judiciário) trabalhando para garantir a lucratividade de banqueiros e empresariado.

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