Sexta Rodada de Negociações da CCT 2025: SINEPE mantém postura intransigente e desrespeitosa com a categoria

Na última terça-feira (15/04), ocorreu a sexta rodada de negociações da Convenção Coletiva de Trabalho 2025 entre o Sinpronorte e o Sinepe. Assim como nas rodadas anteriores, o patronato optou pela discussão apenas do reajuste salarial, insistindo em uma proposta que desconsidera o valor do trabalho de milhares de profissionais da educação privada em Santa Catarina.

O presidente do Sinepe, Marcelo Batista, manteve a proposta de reajuste de apenas 4,87%, parcelado em duas vezes — a primeira de 3% em março e a segunda de 1,87% apenas em agosto. Na prática, trata-se exclusivamente da reposição do INPC, sem qualquer ganho real para a categoria.

Mais grave ainda é o fato de que essa proposta e defesa parte de grandes universidades. Como porta voz do ensino superior, o grupo Ânima, representado por Guilherme Isensee Andrade, que atua na gestão da Unisociesc, reforçou que o ensino superior não pode pagar mais que o INPC. Diante dessa postura intransigente, surgem alguns questionamentos: É assim que universidades como a Unisociesc valorizam seus trabalhadores? Será que os lucros também serão parcelados em duas vezes? Será que os universitários podem requerer o reajuste de suas mensalidades somente no INPC? Será que o número de universitários decaiu nas universidades privadas? As verbas que as universidades receberam do governo federal e estadual não foram suficientes?

A postura adotada escancara o descaso e a falta de compromisso com a valorização dos trabalhadores. As negociações não avançam porque o Sinepe não faz questão de reconhecer nem o básico: que educar exige dignidade, respeito e valorização.

Ao insistir em uma proposta tão limitada e em manter posições retrógradas em cláusulas sociais fundamentais, como piso salarial digno para auxiliares, pagamento de hora atividade, plano de carreira, e direitos básicos como vale-alimentação, o patronato demonstra que prefere a precarização ao investimento em educação de qualidade.

Reforçamos que:

  • Nossa proposta é de 7,27% de reajuste, que representa o mínimo necessário;
  • O SINEPE ignora pautas essenciais como planos de carreira, ampliação das licenças maternidade e paternidade e benefícios proporcionais à carga horária;
  • E ainda insiste em propostas que representam retrocessos, como o desvio de função docente com remunerações menores.

Enquanto os lucros das grandes escolas aumentam, quem está em sala de aula segue lutando por condições mínimas de trabalho.

O Sinpronorte seguirá firme na defesa da categoria. Não aceitaremos a lógica de “repor só o que é obrigado por lei” enquanto o discurso sobre a importância da educação é usado apenas como vitrine institucional.

É hora de intensificar a mobilização. Fique atento, acompanhe nossas redes e participe dos próximos passos da campanha. FILIE-SE, a união faz a força!

Educar não é um favor. É trabalho, é compromisso, é transformação. E quem educa merece respeito.

Sinpronorte: Ensinar é transformar, unir é fortalecer!

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