Além de oferecer a reposição da inflação em reajuste salarial parcelado, escolas de idiomas querem rebaixar piso salarial. A proposta patronal beira ao absurdo, pois ignora inclusive a legislação. Atualmente, o piso salarial para funções administrativas é de R$ 1.197,91. As escolas querem igualar esse valor ao salário mínimo nacional (R$ 880,00). O Sinpronorte é contra qualquer redução de direitos. Além de absurda, a proposta seria ilegal, já que a legislação de Santa Catarina determina o salário mínimo regional de R$ 1.167,00. Uma proposta deste tipo mostra a tentativa descara de ampliação da exploração dos trabalhadores.
Para o reajuste salarial, os patrões querem o parcelamento do índice inflacionários. Ou seja, não basta toda a perda do poder de compra dos salários nos últimos 12 meses, é preciso sacrificar ainda mais o trabalhador. As escolas propõem uma parcela em outubro de 2016 e outra em março de 2017. O Sinpronorte reivindica a reposição integral da inflação e 3% de ganho real. A inflação para data-base da categoria (1º de outubro) ainda não foi oficializada.
Apesar da crise, setor de idiomas acumula crescimento
Não faltaram notícias no último período confirmando o bom resultado do setor de idiomas. É o caso do levantamento feito pela Associação Brasileira de Franchising (ABF) que destaca o crescimento do setor em 15% de 2014 para 2015. Os mesmos resultados positivos são comemorados pela rede KNN em Santa Catarina. Os relatos são de números de matrículas aumentando e estruturas físicas sendo ampliadas.
O ritmo de crescimento é tão audacioso que a rede CNA estuda a abertura de capital. Segundo reportagens, os investidores querem lançar as ações da empresa na Bovespa até 2017. A ABF também apura um crescimento de 290% no faturamento das franquias de escolas de idiomas entre 2005 e 2015.
Deixe um comentário