O Sinpronorte elaborou uma pesquisa para saber o que os trabalhadores estão achando desta campanha salarial. É uma pesquisa anônima e de múltipla escolha. Participe!
Confira as contrapropostas feitas pelas escolas na negociação com os sindicatos. Em negrito a reivindicação.
– Reajuste salarial com ganho real (Inflação fechou em 7,68%):
Sinepe quer que reajuste seja de apenas 7,68%, mas com uma “válvula de escape”. A proposta consiste em permitir reajuste abaixo da inflação caso a escola comprove incapacidade financeira. Segundo a entidade, muitas escolas teriam dificuldade de aplicar reajuste com ganho real. Por outro lado, o aumento médio das mensalidades foi de 9,3%.
– 1/3 de Hora atividade:
O Sinepe faz uma interpretação completamente equivocada da hora/aula para justificar que as escolas já pagariam a hora atividade. Segundo eles, como a hora/aula tem 50 minutos, os outros 10 minutos já seriam pagos para realização de tarefas extraclasse.
– Isonomia salarial dos pisos do ensino infantil e fundamental:
Não houve nem uma contraproposta para este ponto. A resposta do Sinepe foi simplesmente não. O que se pede é a equiparação dos valores dos pisos para estas duas faixas salariais. Atualmente, professores da educação infantil e fundamental 1 (1º ao 5º ano) têm piso de R$ 6,08 enquanto do ensino fundamental 2 é de R$ 8,75 (6º ao 9º ano).
– Piso salarial dos administrativos:
A reivindicação dos sindicatos é de pisos diferenciados: R$ 1.300,00 para escritórios; R$ 1.150,00 para demais funções. O Sinepe propôs igualar o piso ao valor do salário mínimo estadual, reajustado em janeiro em R$ 1.042,00 (reajuste de 8,88%). Atualmente, o piso para administrativos está em R$ 960,00. O Sinepe segue a seguinte conta: R$ 960,00 mais 8,88% é igual a R$ 1.045,25. O valor é próximo, mas eles ignoram que o salário mínimo estadual foi negociado com a referência de 1º de janeiro, ou seja, está defasado em dois meses. Os índices INPC de janeiro e fevereiro fecharam, respectivamente, 1,48% e 1,16%. O valor correto deveria ser R$ 1.073,02.
– Reajuste do piso do Ensino Superior:
Este foi o único ponto que avançou. O Sinepe propôs reajuste em 10%. O piso vigente é de R$ 19,60. Com os 10% ficaria em R$ 21,56. O avanço neste item só ocorre por interesse das escolas filiadas ao Sinepe. Um piso salarial valorizado dificulta o surgimento de novas escolas de ensino superior que praticam mensalidade muito abaixo do mercado.
Outros itens reivindicados pelos sindicatos não entraram nem em pauta na última reunião. Falta avançar a negociação em itens como vale alimentação, ampliação das bolsas de estudo, adicional de aprimoramento acadêmico, ampliação da licença maternidade.
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